Memórias de um semestre

E assim termina mais um semestre cheio de música, alegria, afecto, festa, emoção, euforia, convívio, amizade… Para trás ficam as memórias de 4 intensos meses, que nos trouxeram tantas actuações e todas elas com um gostinho diferente e especial =)

Para que essas memórias não caiam em esquecimento, haverá melhor solução se não escrevê-las e partilhá-las?
Pois então, sigam-nos nesta grande viagem que foi o primeiro semestre de mais um ano académico!

Este ano começou ligeiramente mais cedo. Em plenas férias, estava A Feminina espalhada pelos quatro cantos de Portugal, ou quem sabe, do Mundo, quando se iniciou o XXVII Festival do Vinho Português, no Bombarral, para o qual a nossa tuninha foi convidada! É claro que não poderíamos recusar o convite para animar o certame pois, de entre os vários motivos, reunir novamente as Femininas numa grande tarde de convívio foi mais do que suficiente. Saudades, novidades, histórias para contar… Juntámos instrumentos e vozes e passámos uma tarde muito agradável, a animar o público e, como não poderia deixar de ser, tivemos oportunidade de degustar os vários vinhos que estavam em exposição.

Ainda durante o mês de Agosto, A Feminina juntou-se uma vez desta feita para actuar perante uma plateia bem multicultural na 70ª edição do Congresso Mundial da FIP (International Pharmaceutical Federation), no Centro de Congressos de Lisboa. Não faltaram elogios de todas as partes do mundo, que o digam as nossas femininas que nos dias seguintes ainda ficaram por lá a trabalhar.

Chegado o mês de Setembro, já vislumbrávamos com entusiasmo o que nos esperava este semestre.

Começou com a grande Tournée 2010 Serra d’Aire. Malas feitas, seguimos viagem para perto de Pedrógão, junto à Serra d’Aire, onde iríamos passar 5 magníficos dias. Desde o primeiro dia até ao último, animação não faltou! Cada Feminina aproveitou para aprender novas músicas, aperfeiçoar as que já sabia, e todas juntas ensaiámos a nova música sem saber que ainda nesse mês conseguiríamos levar a palco, de forma tão especial! (Querem saber como? Espreitem mais abaixo ;P) Assim, entre música, ensaios, petiscos, brindes, desportos radicais, praxe e uma gincana cheia de jogos tradicionais a nossa tournée deixou muitas saudades.

E assim entrámos em grande no primeiro semestre! De baterias carregadas, quem sofreu foram os nossos caloirinhos! Mais um ano, caras novas e, claro, muita praxe! Mas a vida académica não é só praxe, pois não? As tunas são parte essencial dessa tradição e devem estar presentes desde o início na vida académica dos nossos caloiros, acabados de chegar à Faculdade. A começar na famosa Noite de Tunas, sem esquecer o grande Jantar do Caloiro e o Magusto, todas dedicamos especial carinho a estas noites porque, acima de tudo, estamos a actuar na nossa casa e um dia já estivemos do outro lado, de onde ficámos contagiadas com o espírito de tunante.

Para comemorar o Dia do Farmacêutico, a nossa Ordem organizou o Sarau Farmacêutico, que se realizou dia 25 de Setembro na Aula Magna. Onde há comemorações, há tunas. Onde há tunas, A Feminina marca presença! E tendo em conta que a festividade assinalava a profissão que todas nós ambicionamos, o orgulho não poderia ser maior. Ou poderia? Assim que soubemos que o Luís Represas iria estar em palco e tendo em conta que a nossa nova música era composta por este famoso músico, logo surgiu a oportunidade de a estrearmos com o seu autor. Aqui sim as emoções foram levadas a um nível dificilmente ultrapassável! Ensaios, ensaios e mais ensaios. E estávamos prontas. A noite terminou com uma actuação que nos encheu de orgulho ao cantar lado a lado com o Luís Represas a ‘nossa’ nova música, o culminar de tantas horas de trabalho e persistência… Valeu a pena, claro! Estreámos a nossa ‘Caravela’ com o pé direito.

O primeiro festival foi em palco conhecido, a nossa Aula Magna. Actuámos no XV TAFUL, a convite dos nossos colegas FFULianos. Um fim-de-semana bem divertido, cheio de convívio, que culminou num excelente espectáculo, onde participámos como tuna extra-concurso.










Já em pleno Outubro, rumámos a Braga para mais um Trovas =) este ano na sua décima quinta edição. Quando chegámos já estava a decorrer o célebre jantar de gala que, uma vez mais, nos deliciou. No final do jantar chegou a hora da festa! Como o tema do festival eram as danças do mundo, coube à Feminina o Tango: Candidatas de Homem, Veteranas de mulher, assim se formaram belos casais argentinos, com as caloiras de acordeão a acompanhar a dança. Assim se passou a primeira noite. No dia seguinte a animação continuou. Com os workshops de danças tradicionais portuguesas, quase acabámos com o fôlego aos músicos que tocavam e se esforçavam por acompanhar estas 50 Femininas cheias de energia! Depressa caiu a noite e, com ela, chegou a tão aguardada actuação em que partilhámos o palco com tunas excelentes: TFIST, TOUP e TUNAFE.
Nervos em franja, interlúdios, e pormenores de última hora, tudo se conjugou bem pois, em palco amigo e ambiente acolhedor, apenas nos deixámos levar com a música e fizemos o nosso melhor, divertindo e divertindo-nos. Resultados? Melhor Estandarte, Tuna mais Tuna e (o tão aguardado) MELHOR TUNA. Partimos para Lisboa no dia seguinte, felizes e satisfeitas com o balanço tão positivo que este festival alcançou.


Passámos ainda por Coimbra, onde pisámos o palco do XVII Canto da Sereia, este ano no auditório do IPJ da cidade mais académica de Portugal. Sábado de manhã, muitas de nós acabadas de sair de um belo teste de farmacocinética, embarcámos em direcção a Coimbra, prontíssimas para arrasar em mais um festival, desta vez, o último do semestre! Depois do almoço, que decorreu na presença das restantes tunas (TFIST, Sirigaitas e TFUB), “demos corda aos sapatos” e aí fomos nós num passeio turístico pelas ruas desta magnífica cidade. Depois de passarmos com distinção as várias provas que nos destinaram durante a tarde, chegou a hora da actuação. E, mais uma vez, o palco foi pequeno para tanta Feminina e tanto talento =P Ganhámos não só MELHOR TUNA, como também, Melhor Desempenho Vocal e Melhor vídeo de Apresentação! Perante o entusiasmo, não resistimos à (já habitual) invasão de palco!!! A alegria era grande, a euforia também… E para a nossa Carolina não faltaram felicitações, afinal, foi a grande estreia da nossa nova solista =)

E assim chegámos ao fim destas memórias do semestre. Tantas coisas que ficam por dizer… De facto, há coisas que não foram feitas para ser escritas, mas sim sentidas e vividas. Os momentos que passamos em tuna são um grande exemplo disso pois são, por vezes, indescritíveis!

Por agora, resta-nos sonhar um pouco e ansiar pelas surpresas que o próximo semestre nos reserva =)

Diz por aí que A Feminina foi à Madeira…

E não é que é mesmo verdade?! Pois é… Para terminar em grande este primeiro semestre repleto de actuações, A Feminina rumou à Madeira para aquele que é o mais antigo encontro de tunas de Portugal – XVI ETUMa. Em pleno final de semestre, entre as inúmeras avaliações, lá fizemos as malas e apanhámos o avião, prontas para viver 3 intensos dias de música, diversão, alegria e companheirismo.

No primeiro dia a recepção foi calorosa! No aeroporto, algumas Femininas estavam já de instrumento na mão tocar umas modinhas… o clima de festa já estava instalado! Os meninos da TUMa desde cedo nos acolheram e encaminharam à Pousada da Juventude do Funchal, onde ficámos instaladas durante estes dias. O encontro começou logo muito bem com um almoço bem regadinho na cantina, na companhia das restantes tunas. A tarde não podia ter corrido melhor: uma actuação frente a frente com a tuna Templária, no edifício SREC, onde tivemos oportunidade de revelar umapequena amostra do que é o potencial d’A Feminina, pondo logo os meninos da Templária, da TUMa e da Tuna D’Elas a dançar um grande Maneio! Toda esta folia só poderia acabar em grande, com um Madeira d’Honra onde brindámos ao início daquilo que se veio a revelar o melhor encontro de tunas já alguma vez presenciado por nós…

Já nos jardins do Funchal, com A Feminina toda reunida, em plena actuação da TUMa, não resistimos a uma pequena invasão de palco, a pedido dos mesmos, para com eles cantar uma música que tão bem conhecemos! Mas a animação não ficou por aqui…! Depois do jantar, aguardava-nos uma noite repleta de Karaoke no bar Santinho, na marina. O espírito da união esteve no seu auge quando elementos de várias tunas se juntaram a cantar uma panóplia de greatest hits de todos os tempos, enquanto outros acompanhavam a dançar ou mesmo a ajudar os mais esquecidos…

No dia seguinte a animação continuou, pois claro! Depois de um almoço madeirense em Câmara de Lobos, seguiu-se um grande momento musical entre as várias tunas que abriu o apetite para a tarde que se aproximava – a tarde da Poncha! No Dinos bar, em Porto da Cruz, passámos o resto da tarde a provar esta delícia típica da região que tantas saudades nos deixa… Rumámos então a Santana, onde pudemos ver as típicas casinhas coloridas que tanta disputa originaram no momento da fotografia! Entretanto chegou a hora d actuação da TUMa para os finalistas do secundário e, como já vinha sendo hábito, A Feminina também participou, onde lado a lado cantámos todos juntos a célebre “Madalena”.

Depois do jantar seguimos para a primeira actuação pública do Encontro em Câmara de Lobos, que desta vez contou com a participação de todas as tunas presentes no ETUMa ( a Tuna Templária, a Transmontuna, A Feminina, e a Tuna de la Universidad Católica del Norte – Chile e, claro, a TUMa). Apesar das vozes já estarem roucas por esta altura, provámos mais uma vez que A Feminina é imparável! Com quarenta Femininas, qualquer palco se torna pequeno, principalmente quando vêm as nossas pandeiretas que com os seus saltos fazem com que o palco quase rebente! A festa foi na discoteca do Casino – Copacabana – onde muitas Femininas aproveitaram para por à prova a sua sorte…

E assim chegou Sábado, o último dia… Os meninos da TUMa prepararam-nos um belo almoço, espetada madeirense! A tarde foi livre, pelo que as Femininas aproveitaram para realizar todo um workshop dinamizado pela nossa mais recente veterana Raquel Santareno! E assim se descobriu um novo talento na Sara Pereira II que obteve a melhor pontuação da tarde… :P Depois do jantar no Yatch Club, seguimos para o Largo do Colégio. Aí iria realizar-se a tão aguardada actuação principal do Encontro, num cenário já natalício com as famosas luzes de natal do Funchal ligadas, a iluminar o largo… Apesar do ambiente de descontracção que se vivia, não deixámos de parte aquele “nervoso miudinho” que sempre antecede as actuações e, neste caso particular, devido à falta de vozes que se foi instalando!

No entanto, os especiais agradecimentos e ternas palavras proferidas pelas tunas acabaram com qualquer receio e lançaram-nos para o palco, onde a nossa actuação não poderia ter terminado se não com o grande “Bailinho da Madeira” que, de coração, dedicámos àqueles que fizeram destes dias memórias inesquecíveis. A noite terminou no Yatch Club onde nem a chuva e o alerta vermelho nos demoveram de dançar e divertir ao máximo na nossa última noite…

Um regresso a Lisboa descansado sem a ameaça de um alerta vermelho, era o nosso ultimo desejo… depois de algumas horas de espera no aeroporto, ou alguns dias a mais no Funchal, lá conseguimos embarcar (in)felizmente…

Partimos com saudade. Pelo ambiente alegre, pelo espírito de união, pela Poncha e pelo Bolo do Caco, sem nunca esquecer as amizades que travámos… partimos com a Madeira e o ETUMa no coração, certas de que um dia voltaremos a esta grande ilha!

A Feminina

Descanso? Férias?

Brevemente, sabe tudo sobre o 1º semestre d'A Feminina!

Fica ligado =)