Esta nossa viagem...


Combinámos ir todas juntas para o Técnico. À hora marcada, lá nos juntámos, damas de negro, à porta da FFUL para pegar nos instrumentos e apanhar o Metro até à Alameda. Em pleno dejá vu, não íamos conseguir estar a 100%: o Prof. Morais voltou a marcar frequência no fim-de-semana de Festival d'A Feminina! Não fomos logo todas para o Jantar de Gala Académico que nos esperava, mas estivemos em grande desde o momento em que chegámos! O primeiro canto a conhecer no Técnico foi o Bar de Civil, onde brindámos com uma jola à Feminina, em honra dos guias que, veterano e caloiro da Estudantina, aceitaram o convite da TFIST para passarem estes dias com A Feminina! E que bem que passaram! O Gonçalo e o Varela foram, sem dúvida, guias imparáveis e inesquecíveis (nem que seja por nos recordarem que na Lusófona não se contiveram na invasão de palco que fizemos, e juntaram-se a nós!)!
No Dolce Vita, a condizer com o Museu do Oriente que nos ia receber no Sábado, jantámos num restaurante… Chinês? Coreano? Japonês? Bem! Digamos que para todos os gostos orientais e ainda, para quem preferisse, para quem apreciasse acima de tudo um bom bitoque! E que melhor momento para uma entrada em grande das nossas meninas que chegaram mais tarde? Em pleno Maneio, claro! O jantar aqueceu a noite que ainda estava para vir, porque, sem dúvida, Lisboa deixou entrar o Inverno! Mas não houve frio que nos detivesse, e a viagem de regresso foi absolutamente alucinante, na companhia da incansável TUIST! Chegadas de volta ao Técnico, a festa preparada brindou-nos com boa música pimba e algum karaoke! Foi um prazer ficar até ao fim da noite na companhia das Tunas de Braga e Porto e, claro, com a TFIST, companheira de grandes festivais por esse país fora!
Sábado acordou cedo para todas, porque a hora marcada na faculdade foi madrugadora não ó para quem teve frequência, mas para aquelas que, depois de 2-3 horas de sono, apareceram para o ensaio geral! Ainda haviam algumas arestas para limar, e o objectivo era acabar o semestre em Grande!
Nem madrugando evitámos correr até ao Técnico para almoçar! E a tarde que nos esperada era num dos sítios mais lindos da nossa cidade de Lisboa: Belém! E se o dia começou sob um céu estrelado, no Planetário, não havia melhor maneira de terminar antes da partida: ao sabor de um excelente Pastel de Belém! Confesso que, para 3 de nós, a tarde foi especialmente marcada pelo momento que se seguiu… a caminho do resgate do Contrabaixo, eis que o carro da Bárbara decide, pura e simplesmente, não pegar! Bateria zero!! E agora?? Cabeças a pensarem numa solução, até que as Engenheiras do IST resolveram o assunto! Graças ao espírito prevenido da TFIST Taco: em poucos minutos colocou o carro a jeito, abriram-se os capôs, os cabos foram ligados e voilá! De volta à vida!
Finalmente com os instrumentos todos presentes e afinados, já no Museu do Oriente, fizemos um último ensaio para conquistarmos esta IX Expedição!
A todas as Tunas foi entregue um destino para esta grande viagem pelo palco, e nós viajámos até ao continente Americano! Levámos o nosso Barco rumo à aventura, e, recordando Lisboa com o seu nome Maria, chegámos ao bom porto de Nova Iorque! Vivendo inesquecíveis Happy Days, gritámos ALELUIA antes da viagem seguinte, que nos levaria aos Arribas do México e ao samba do Brasil! E se a viagem à América nos poderia marcar pela Broadway ou o Rock n’ Roll, foi num ambiente bem Farweste que saímos de palco! Entre cowboys e índios, a música country roubou ao público os últimos risos e aplausos para A Feminina!
Seria impressão nossa, ou este viagem à América seria inesquecível?...
O olhar triste, não vale a pena dizer que não houve, foi quando o júri entregou alguns dos prémios que tão brilhantemente são lutados pelas nossas Pandas, Estandartes e Solistas… Mas mais importante do que estes prémios mais específicos, a expectativa espelhava-se naqueles que nos unem e nos reconhecem como uma só! Aqueles prémios que só o Espírito de uma Tuna que organiza um grande festival pode sentir, ou a Presença de um público que se deixa envolver durante aqueles 30 minutos nos pode premiar, ou o olhar Atento de um Júri pode reconhecer… e são esses prémios que podem fazer valer a dedicação de cada uma de nós, da candidata mais “pequenina” à ensaiadora mais velha! São os prémios de Tuna mais Público que nos fazem saltar das cadeiras e gritar bem alto “A FEMININA”… Porque ter tido os votos de uma plateia tão cheia, por tudo ou por coisa nenhuma, porque simplesmente gostaram de nós ou porque percebem muito de música ou absolutamente nada… preenche-nos o orgulho de ter conquistado aqueles para quem realmente nos esforçamos nos ensaios… aqueles que nos vêem e sentem-se parte deste nosso Mundo! Por nos fazerem a Tuna mais Público na nossa cidade, obrigada Lisboa!… E se conquistar uma sala cheia de gente não é fácil, aqueles “srs” que nos olham eximiamente do início ao fim são os que mais nos custa conquistar! Um deles ser a Simone de Oliveira elevou ainda mais o nosso respeito pelo Júri, que premiou as Tunas esta noite e… O Prémio de Melhor Tuna embarcou connosco até à América!
A noite teve ainda um sabor especial para todas aquelas que viram mais uma meia roxa a sair... A nossa Nocas, viola dedicada e grande força da natureza, viu a sua alegria, que sempre que é necessário uma ausência tanta falta nos faz, a sua presença estonteante, que larga gargalhadas ao seu redor, e o seu esforço para estar presente em todos o momentos possíveis, serem reconhecidos com uma Escadinha na lapela! Parabéns, caloirinha Nokils!

Depois de uma noite bem longa no Indochina, conseguimos não ter o atraso de horas que poderiam esperar para o Brunch que encerraria a IX Expedição! E claro que depressa pegámos em violas, bombo, bandolins e cavacos para continuar a Festa! Em pleno Amélie, erguem-se os olhos para o palco invadido pelas nossas pandeiretas que, quais 2 horas de sono, preparam-se para os saltos ainda assim perfeitos… excepto no momento em que mais um sapato voa até ao tecto, acerta em cheio do trinco do ar condicionado e põe uma sala cheia a rir! É por isto que depois nos perguntam se éramos realmente nós que tínhamos ficado até às tantas na discoteca na noite anterior! Esta Energia, minhas meninas, é segredo de Farmacêutica!
Finalmente reunidas todas as tunas, foi a hora de entregar aquele prémio que, posso dizer, amamos de coração! Não é fruto de trabalho, estudo ou ensaios… É o simplesmente sermos a alegria, o espírito de união, a vontade de encher de Música onde quer que vamos, de ser a boa disposição de uma sala gigante ou de um simples autocarro! Fazer barulho e dar o tudo por tudo para que cada minuto seja inesquecível! Por tudo isso, A Feminina conquista por fim a Tuna mais Tuna da IX Expedição da TFIST!

Como já vos disse, canalha!, por este espírito incrível, parabéns a nós! Às que ficam até à última na primeira noite, e às que estão a horas até ao último instante (e àquelas que ficam na faculdade 1h30 à espera das veteranas para o Brunch!)! Às que atiram sapatos e destroem o “teto”, às que saltam pandeireta mesmo depois de 2 noites sem dormir… às que se esforçaram para estar nos ensaios, nos momentos, naquela noite em que se pensou nos interlúdios… Parabéns à Salomé pela dedicação imensurável na preparação de cada pormenor da nossa actuação, e a todas as que deram ideias, sugestões, gritaram ARRIBAS, fizeram de índios e cowboys, a todas as que mostraram cartazes e cantaram Happy Days e Aleluias! Parabéns às incansáveis ensaiadoras por nos aturarem na inquietação dos ensaios, por nos corrigirem e darem na cabeça quando é preciso, mas terem também aquela palavra, aquele olhar, que nos faz sentir que podemos e conseguimos! Parabéns a todas pela concentração sem esquecer a alegria e a união em palco… Parabéns por não só conquistarmos o Público, mas também o Júri, a Simone de Oliveira, e as Tunas presentes!
É por todo este trabalho, toda esta dedicação, todo este amor, todos os momentos… que jamais apagarei esta invasão de palco da memória! É mesmo verdade: a união faz a Força! E é unidas que nos tornamos invencíveis!!

Parabéns a todas, e obrigada por terem feito de mim, mais uma vez, a Magi mais orgulhosa do Mundo, pelos momentos em que A Feminina recebe os Prémios, ou me dão os Parabéns pela Tuna que somos, ou saudavelmente nos "invejam" este grande Espírito, dentro e fora de Palco!!

5 comentários:

Sofia disse...

Um festival especial, por tantos motivos... Foi com grande alegria que participei, senti e acolhi os prémios que o esforço permitiu alcançar! Um grande orgulho pelo trabalho e dedicação de todas, pela vontade de fazer mais e melhor! GRANDE Tuna esta!

Queria deixar um grande beijinho aos "meus" bandolins LINDOS que vão levar este legado secular (LOL) a um nível nunca antes experienciado! Parabéns Tânia (=P), Dalila, Sílvia, Sara e Inês, vou ter muito orgulho em vos ver seguir, criar, inovar e mostrar quem é (sem qualquer dúcida) o naipe mais forte!

Outro beijinho à Magica Majoca que conseguiu por-me a ver às riscas (LITERALMENTE) depois de ler este gigante (mas lindo) texto que tão bem descreveu o espírito que se viveu! Até que és grande ;)**

Beijinhos às companheiras, das mais antigas às mais recentes! E que continuemos a partilhar

... dias felizes ...!


Gosto muito de vocês,
Ana Sofia Antunes

Luísa - Feminis Ferventis disse...

Muitos Parabéns a todas as Femininas por mais um grande feito!

beijinhos directamente dos Algarves

"Tânia" disse...

Tatyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy!!!!!
És mesmo tu???? Acho que tenho alguma "dúcida"... Que palavras tão lindas... No fundo do calhauzinho está...isto! N gosto é do tom de despedida... :_(
(Amanhã escrevo outro comentário geral...o festival teve algo de...nostalgico)

Bjinho***

Sofia disse...

hum... na minha perspectiva a palavra "dúcida" tem muito mais nível e profundidade de significado do que a mera "dúvida"!

Ah, e eu não sou calhau!!!

Lula (TFIST) disse...

Muito Obrigado pela vossa calorosa participação e que ajudou a tornar tão especial a IX Expedição.
Espero que nos encontremos em breve.